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Mostrando postagens de outubro, 2014

Exaustão

Há dias quero falar. Há dias em que bate uma tristeza que não tem remetente. Há dias preciso dizer isso. Há dias em que só a repetição fala. Há dias em que o sol não aparece. Há dias em que o coração fica pingando feito torneira enferrujada. Há dias em que a voz cala. Cansei de ser gente. Dá muito trabalho marcar presença. Juntar passado, presente e futuro e misturar limão e açúcar. Seria mais fácil se a gente dissesse o que quer, como, de que jeito. Mas não. Gente nunca faz isso. Gente como eu espera que o outro saiba-descubra-perceba. Gente como você quer se sentir especial. Por que a gente quer a todo instante saber que é importante? Cansei de ser gente. Sinto que os dias passam, a pele envelhece, o coração acumula aprendizado, os pés ficam exaustos no final do dia, a vida não para de caminhar para aquele lado. No meio disso, eu. Me perdendo, achando, sobrevivendo. Porque em alguns dias a gente só sobrevive. E eu cansei de ser gente.

Não é isso que você tá pensando

Se fosse antes, eu não teria notado. Talvez não tivesse tanta graça como tem agora. Engraçado é que no meio da confusão, virou um porto. Um lugar pra atracar e esperar a tempestade passar. Autocontrole e calma para não confundir as coisas e meter os pés pelas mãos. Como pode ser tão íntegro, tão diferente de tudo que já vivi? Acho que só existe soma aqui. A única divisão é a de carinho, coisas boas, companheirismo, amizade, afeto e preocupação. Tão lindo isso.

Pronto, falei! (I)

Entre uma prova e outra, a cabeça está a mil. Um turbilhão de sensações aqui dentro. Não há como fugir. Não tem como explodir e recomeçar, o jeito é passar pro papel tudo que aperta tanto. Quase sufoca. Tenho ódio. É, ódio por ser assim, não sou perfeita. Erro muito, acho que sou muito "filha da puta" por ser como sou. Me dou. Assim, por inteiro, e nunca NUNCA tenho valor. Me atiro, me entrego. Faço de tudo pra colocar o mundo nos pés de quem eu amo e isso inclui amigos, família, todos. Tenho valor? NÃO. Sou idiota tantas vezes, falo o que eu sinto. Odeio joguinhos. Me coloco no lugar da pessoa, faço e sempre penso que vão fazer por mim também. ENGANO. Queria mudar. Ser a famosa "cruela" não sentir. Sentir me custa caro. Carrego um coração tão bobo, burro que não percebe que no mundo de hoje, sentir, amar, não vale a pena. Talvez o meu maior erro/defeito é amar. Amar demais quem passa pela minha vida. 
Já passei da idade de acreditar em algumas coisas, tipo Papai Noel, Fada do Dente e Homem do Saco, mas infelizmente ainda acredito nas pessoas. Digo “infelizmente” porque elas vivem me surpreendendo de uma forma negativa. Não que eu seja uma pessoa ótima e nunca erre, mas gosto de quem se mostra como é logo de cara. Você entende o que quero dizer?